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O Jogo do Bicho e o Futebol

A tão esperada Copa do Mundo no Brasil finalmente chegou e, até agora, é um grande sucesso! Inclusive vem sendo considerada a melhor Copa do Mundo que já existiu! Muitos turistas e representantes da mídia internacional dão seu testemunho entusiasmado sobre como o Brasil é um país onde se respira o futebol, e ter uma Copa neste país é como se o futebol tivesse voltado pra casa, aonde pertence. Tamanha paixão nacional tem, curiosamente, laços estreitos com uma outra paixão nacional: o Jogo do Bicho. Ao longo das décadas após seu surgimento, o Jogo do Bicho e seus protagonistas, mantêm relações comerciais, emocionais e de cooperação com dois outros pilares da cultura brasileira, o Carnaval e o Futebol.

Mas o que o Jogo do Bicho e o Futebol têm em comum que mantém essa relação tão estreita?

Pra começar, ambas paixões nacionais nasceram na mesma época, nos conflituosos anos de Brasil República. O Jogo do Bicho nasceu em 1892 no Jardim Zoológico do Rio de Janeiro e apenas 2 anos mais tarde, em 1894, o futebol chegou ao Brasil, coincidência? O filho de escocês e britânicos Charles Miller voltou de seus estudos na Inglaterra com duas bolas de futebol e ensinou o esporte a seus companheiros da São Paulo Railway, onde trabalhava. Durante bastante tempo as ligas de futebol foram dominadas pela aristocracia, mas nas várzeas o esporte se espalhava de pé em pé, negro, mulato ou branco.

O futebol, como era um jogo que dependia do desempenho físico dos jogadores e não da sorte, sempre foi legal, enquanto o Jogo do Bicho foi rapidamente proibido por ser considerado jogo de azar. Mas ambas práticas se espalharam por todo o território nacional, se organizaram (um em clubes, e o outro em bancas) e conquistaram o coração dos brasileiros.

Em uma época em que jogadores de futebol não recebiam salários, eram os torcedores quem organizavam uma vaquinha para dar-lhes prêmios em dinheiro de acordo com a performance do time. Esse dinheiro, chamado “Bicho”, vinha diretamente do Jogo do Bicho, que mantinha relações com os clubes para repassar parte dos prêmios aos jogadores em caso de vitórias. E assim se chama até hoje a parte variável do pagamento de jogadores de futebol profissionais, o Bicho, que é um incentivo aos jogadores caso cheguem a final de um torneio, por exemplo.

O financiamento do futebol pelo Jogo do Bicho continuou através das décadas com uma maneira de ganhar apoio e aceitação popular à aquela atividade ilegal. Castor de Andrade, por exemplo, considerado o maior bicheiro da história do Rio de Janeiro, foi também presidente de honra do Bangu, conseguindo o título de campeão carioca em 1996. Seu carisma e poder lhe deram uma aura de “bom moço” entre seus protegidos que até hoje é lembrada com ênfase em Bangu.

Outra amostra da relação entre Jogo do Bicho e o futebol é a grande expectativa dos torcedores do Atletico Mineiro, que tem o galo como mascote, com o ano 2013, o Ano do Galo. Como 13 é correspondente ao Galo no Jogo do Bicho, a torcida atleticana estava bem otimista com o desempenho do clube que, de fato, teve um de seus melhores anos em 2013: pela primeira vez foram campeões da Libertadores e ainda ganharam o campeonato Mineiro.

Mas e o futebol têm de ponto comum mais forte é o alcance democrático a ricos e pobres. Em uma época (não que a de hoje seja diferente...) em que pobres não podiam nem entrar em cassinos ou ter acesso a qualquer tipo de aposta, e em que as ligas profissionais de esportes eram exclusivas para brancos e ricos (praticamente sinônimos na época), chega o Bicho e toma apostas de poucos centavos e o futebol de várzeas que deixa jogar qualquer um que tenha uma bola de meia.

E assim é, até hoje, a nação-lar do futebol: uma massa que aprende a driblar até os adversários da própria casa e acaba encontrando seu lugar ao sol.

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